quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O maior parque eólico do país custou R$ 465 milhões


O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou, em 2006, um financiamento de R$ 465 milhões para a Ventos do Sul Energia para a instalação de três parques eólicos no município de Osório, no Rio Grande do Sul.O projeto terá capacidade de geração de energia elétrica de 150 MW, cada parque com 50 MW, o que o tornará o maior do país e o segundo do mundo. Durante a construção serão gerados 500 empregos diretos, segundo o BNDES.O financiamento do banco corresponde a 69% do valor total do investimento, sendo R$ 105 milhões liberados diretamente pelo BNDES e os outros R$ 360 milhões repassados por meio de um consórcio de bancos, formado pelo Banco do Brasil, Santander, ABN Amro Real, BRDE Caixa do Rio Grande do Sul e Banrisul.O projeto do parque eólico de Osório, realizado no âmbito do Proinfa (Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Fontes Alternativas), é o primeiro aprovado pelo BNDES para esse tipo de geração de energia. O Proinfa contempla três fontes alternativas de energia: a biomassa, a eólica e as pequenas centrais hidrelétricas.Atualmente, o BNDES tem em carteira outros sete projetos eólicos, que somam investimentos totais de R$ 1,4 bilhão com previsão de financiamento de R$ 821,4 milhões.O banco destaca que um dos méritos do investimento em energia eólica é a sua contribuição para a diversificação da matriz energética brasileira com uma fonte de recursos renovável, sem risco hidrológico. O parque eólico reduzirá a emissão de gases do efeito estufa por MW/hora de energia gerada no sistema interligado, criando um potencial de geração de créditos de carbono.A Ventos do Sul é uma sociedade de propósito específico criada com a finalidade de construir três parques eólicos, denominados Parque Eólico dos Índios, de Osório e de Sangradouro. Ela possui um contrato de compra e venda de energia com a Eletrobrás por um prazo de 20 anos, a partir do segundo semestre de 2006, quando as usinas entrarão em operação. Esta sociedade de propósito específico é composta pela empresa espanhola Enerfin Enervento, a brasileira Wobben e a CIP Brasil. No Brasil, existem atualmente apenas 28,6 MW instalados de energia eólica em 11 empreendimentos, equivalentes a 0,03% da capacidade de geração de energia do país. A expectativa é que com o Proinfa, haja um aumento significativo na capacidade instalada brasileira em energia eólica. Foram selecionados 53 projetos.

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