quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Realizado 1º leilão de energia elétrica gerada por fonte eólica



O primeiro leilão de energia eólica no Brasil terminou nesta segunda-feira (14) após a negociação para a construção e operação de 71 empreendimentos com uma capacidade somada de 1.805,7 megawatts (MW), informaram fontes oficiais.
Os 71 projetos abrigarão um total de 773 aerogeradores que poderão entrar em operação em 1º de julho de 2012 e terão um prazo de concessão de 20 anos.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), organismo encarregado de realizar o leilão, calculou que, nos primeiros 20 anos, a soma destes parques de geração de energia eólica vão produzir 132.015 gigawatts por hora (GWh), 1,4% a mais do que é gerado em um ano pela usina hidroelétrica de Itaipu.

O preço médio do megawatt ficou em R$ 148,39, valor 21,5% inferior ao teto marcado pelo Ministério, o que representará a negociação de contratos por R$ 19,59 bilhões ao longo dos 20 anos.

O preço da energia era o critério de maior importância na concessão dos projetos. O destaque foi a oferta da empresa Coxilha Negra, de R$ 131, com um desconto de 30,69% para as três usinas que ganhou no sul do país.

Nordeste

Participaram do leilão 339 projetos que, somados, poderiam gera dez mil megawatts, mas foram descartados todos aqueles que superaram o preço de R$ 189 por megawatt.

A grande maioria dos projetos para a geração de energia eólica licitados se concentra na região Nordeste, com destaque para o estado do Rio Grande do Norte, com 23 parques aprovados.

Este leilão pretende reforçar o perfil "verde" da geração elétrica no Brasil, que atualmente depende em 85,4% das fontes renováveis, principalmente de usinas hidroelétricas.
Nesta linha, o Governo anunciou na semana passada a isenção permanente dos impostos que taxavam a comercialização de aerogeradores utilizados na produção de energia eólica.





A usina de Itaipu é, atualmente, a maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia. Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece 19,3% da energia consumida no Brasil e abastece 87,3% do consumo paraguaio.

Em 2008, a usina de Itaipu atingiu um novo recorde histórico de produção de energia, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior era do ano 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Metas de redução na emissão de GEE


Abaixo segue uma relação de algumas países e suas metas (compulsórias) de redução na emissão dos Gases do Efeito Estufa, que estão sendo apresentadas em Copenhague.

USA:
20% em relação a 2005, que representa a uma redução entre 3% e 6% em relação a 1990.

UE:
De 20% a 30% em relação a 1990.

Rússia:
Até 25% menos em relação a 1990

Japão
25% em relação a 1990

Austrália
De 5% a 25% em relação ao ano de 2000

Canadá
20% em relação a 2006

Brasil
Entre 36,1% e 38,9% de redução até o ano de 2020 se nada fosse feito (O Brasil não possui um inventário atualizado de suas emissões, sendo que o único existende foi apresentado em 2006, porém com dados de 1996).
Redução de 22% a 25% em relação ao nível de 2005
Aumento de 21% em relação ao ano de 1990.

China
Menos 40% a 45% por unidade do PIB até o ano de 2020. Não tenho dados se fosse com relação ao que é emitido hoje ou em relação ao ano de 1990, o que seria mais objetivo. No entanto, parece-me que a emissão, com essa meta, dobraria até 2020. (Segundo a Fundação Brasileira para o desenvolvimento sustentável é de 253% a mais em relação a 1990 e mais 90% em relação a 2005)

Índia
De 20% a 25% até 2020 em relação ao ano de 2005.
Segunado a FBDS, a Índia aumentará a emissão em 229% em relação a 1990 e 125% em relação aos índices de 2005).

Obs.: Para a ONU, o ano base (parâmetro) para as reduções é 1990.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Reduzir energia para gerar economia


Produtores lean usam muitas ferramentas de melhoria de processos para obter e manter eficiência, flexibilidade e lucratividade. Tais ferramentas permitem substituir depósitos de estoque ociosos por redes velozes de informações, transformar restrições de capacidade em produção de resposta rápida e padronizar processos para obter qualidade consistente em escala global.

Como essas empresas gerenciam custos de energia em espiral, dependem continuamente da melhoria do processo lean para reduzir desperdícios e proteger lucros. Certamente, há uma demanda social por economia de energia a fim de preservar o meio-ambiente, contudo, os empresários sabem que a redução de energia também é crucial para a sobrevivência a longo prazo das empresas.

A energia é essencial para a produção. No entanto, quando comparada superficialmente com outras matérias-primas amplamente consumidas, se tornou uma das mais caras e voláteis. Assim, estabilizar os processos de consumo de energia e remover o máximo de desperdício possível tornaram-se obrigação para quem quer continuar competitivo no mundo.

Todos os tipos de negócios pagam mais pela energia, e os indicadores mostram que esta tendência continuará. Os aumentos atingem fortemente os industriais, pois eles consomem uma grande quantidade de energia em seus processos de produção, precisam de energia para transportar as mercadorias até os clientes e, freqüentemente, usam fontes de energia como gás natural e petróleo como matérias-prima.

De acordo com a Administração das Informações sobre Energia dos EUA, o custo do gás natural, que é a fonte de energia mais comum nas indústrias, aumentou 9,3 % de 2007 a 2008 e espera-se um acréscimo de, pelo menos, 1,9 % de 2008 a 2009. Felizmente, os produtores têm amplas oportunidades de reduzir o consumo de energia por meio do uso comum de ferramentas e técnicas.

Benefícios da redução de energia pela melhoria do processo lean -Tradicionalmente, as atividades lean não destacavam o uso de energia, mas nós sabíamos que os fabricantes que as aplicavam na produção obtinham uma significativa vantagem competitiva.

Pela aplicação das atividades lean no uso de energia, uma instalação média pode reduzir seu consumo em até 20%, dos quais 30% podem ser obtidos por mudanças de procedimentos e comportamentos. Empresários dos setores de agronegócios, alimentos e bebidas, papel e embalagens, além de outras indústrias de processo contínuo, têm o potencial de duplicar essas reduções, pois os processos operam sem interrupção e tendem a ser grandes consumidores de energia. Um empresário desses setores empenhado em cortar o consumo de energia conseguiu uma redução mínima de 10% em cada mudança processual.

A aplicação da mentalidade lean ao consumo de energia requer o mesmo conhecimento de criação de valores e redução de desperdício que das aplicações lean tradicionais. As práticas lean visam tornar as empresas mais competitivas e lucrativas, aumentando atividades que agregam valor e diminuindo ao máximo as que não agregam.

A maioria das empresas tem a grande oportunidade de reduzir atividades que não agregam valor porque, normalmente, 95% de qualquer processo é desperdício de tempo ou atividade. Podemos acrescentar um oitavo item à lista padrão de sete desperdícios: o desperdício de energia.

Além disso, precisamos compreender duas verdades sobre a melhoria do processo lean antes de usar ferramentas para reduzir o consumo de energia. Primeiro, a melhoria do processo lean é uma parte do gerenciamento lean, que requer um amplo compromisso de mudar a cultura dos líderes de uma empresa. O gerenciamento lean não é um conjunto de ferramentas ou um meio para reduzir desperdício em si próprio e por si próprio.

Um dos benefícios de colocar freqüentemente em prática o gerenciamento lean é a redução nos desperdícios e o aumento subseqüente do fluxo de caixa. Isso, no entanto, é apenas parte da meta final deste gerenciamento: gerar sustentabilidade de longo prazo por meio da melhoria contínua e desenfreada dos processos, o que alimenta a criação exponencial de valor para o cliente ao menor custo possível.

A gestão lean de energia deve ser parte de uma infra-estrutura de administração de energia que inclua gestão de ativos, desenvolvimento de fornecedor, seleção de locais estratégicos e outros fatores relevantes.

Capturando a Energia Desperdiçada - A chave é prevenir perdas. As fábricas consomem mais de 80 de energia enquanto transformam matérias-primas em bens acabados. Este é um bom lugar para começar a identificar o desperdício, pois eliminá-lo significaria um impacto substancial e imediato. Dois modos pelos quais empresas podem começar a capturar a energia perdida imediatamente: encontrar e consertar vazamentos e administrar o desperdício de equipamentos e processos.

Aplicando o Kaizen à Redução de Energia - Propagar e manter os aprimoramentos dos kaizens de energia requer a mesma infra-estrutura de procedimentos disciplinados dos outros esforços de melhoria contínua. Entre eles estão:

Trabalho padrão: procedimentos precisos estabelecidos para cada tarefa do operador com base na taxa de desempenho;

5S: com freqüência, é a primeira etapa para remover o desperdício em uma área ou processo;

Ciclo PDCA (Planejar-Desempenhar-Conferir-Agir): um ciclo de melhoria introduzido por W. Edwards Deming que propõe uma mudança em um processo (planejar), implementa a alteração (desempenhar), avalia os resultados (conferir) e requer ajustes (agir) com base nos resultados;

Gerenciamento visual: expor todas as ferramentas de desempenho de um processo ou sistema de modo que todos os envolvidos possam compreender imediatamente o status do processo ou sistema.

A melhoria contínua do lean sempre enfatizou a redução do desperdício. Isso faz tanto as ferramentas lean quanto as kaizen ideais para procurar e remover o desperdício de energia. Visivelmente, os benefícios da redução de tal consumo incluem uma projeção da responsabilidade para funcionários, clientes, comunidades, reguladores e legisladores. Internamente, os industriais tiram proveito da economia imediata e freqüente dos custos, de processos mais estáveis e de um avanço para programas de certificação como a ISO 14001.

Enquanto as preocupações com as mudanças climáticas e a proteção dos recursos demandam a atenção dos negócios que são grandes consumidores de energia, a obrigação competitiva de aumentar o valor para o cliente, controlando os custos, fica em evidência. Felizmente, as ferramentas de melhoria de processo lean, comuns e comprovadas, podem ajudar as empresas a enfrentarem ambos os desafios