terça-feira, 19 de outubro de 2010

O economista chileno Manfred Max-Neef contrapõe crescimento econômico e qualidade de vida

O economista e ecologista chileno Manfred Max-Neef é considerado uma personalidade polêmica por andar na contramão da economia ortodoxa, por acreditar que o modelo atual de globalização é desastroso para o meio ambiente e, principalmente, por considerar que o crescimento econômico, depois de um determinado ponto, pode gerar queda na qualidade de vida das pessoas. Defensor do desenvolvimento local, ele sugere a criação de um sistema fiscal que tribute os gastos de energia e que fortaleça os pequenos negócios.
Max-Neef também ficou conhecido por suas idéias sobre as necessidades humanas, com base no ser, no ter, no estar e no fazer, e em necessidades como: subsistência, afeto, proteção, entendimento, participação, ócio, criação, identificação e liberdade. Para ele, as necessidades das pessoas são sempre as mesmas, independentemente de época e costumes. A diferença está no fator "satisfação". "As necessidades de um monge e de uma pessoa consumista são as mesmas. A diferença é a forma como eles satisfazem suas necessidades", afirma. Esse seu pensamento inspirou a exposição de artes sobre o tema "All We Need", que vai acontecer este ano em Luxemburgo, apontada como capital cultural da União Européia, em 2007.
Max-Neef deu aulas na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e atuou como professor convidado em diversos locais dos Estados Unidos e da América Latina. Dedicou sua carreira aos problemas dos países em desenvolvimento da América Latina e registrou as principais experiências no livro From the Outside Looking In: Experiences in Barefoot Economics, ainda não publicado no Brasil. Por seus trabalhos, recebeu diversos prêmios, entre os quais o Right Livelihood Award, conhecido como "Prêmio Nobel alternativo", em 1983, o Premio Nacional por la Promoción y Defensa de los Derechos Humanos, do Chile, em 1987, e o University Award of Highest Honour, pela Soka University, do Japão, em 1997.


Durante o 15º. Seminário Internacional em Busca da Excelência, da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), que ocorreu entre os dias 11 e 13 de abril de 2007, Max-Neef esteve no Brasil. Em entrevista coletiva, falou aos jornalistas sobre suas principais teorias. A seguir, leia os trechos mais importantes.
Instituto Ethos: O senhor acredita que o crescimento econômico, após atingir um determinado ponto, tem efeito negativo para a sociedade?

Manfred Max-Neef: Segundo a Teoria do Umbral, que criei com meus colegas há 15 anos, o crescimento econômico está alinhado à qualidade de vida de uma sociedade somente até certo ponto. Depois disso, a tendência é que ele se torne maligno ao bem-estar das pessoas. Essa teoria foi comprovada em todos os países onde realizamos o estudo, como Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Suécia, Áustria, Dinamarca, Chile e Tailândia. Todos eles tiveram um grande período de crescimento econômico e desenvolvimento até o ano de 1970. Após essa data, o nível de qualidade de vida da população começou a cair. Para obter esse resultado, comparamos a curva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) com a de outro índice, o Genuine Progress Indicator (GPI), que mede a qualidade de vida. Por meio de gráficos, percebemos que o crescimento econômico continuou aumentando, enquanto o GPI apresentou queda. Para mim, o PIB é um indicador muito curioso, no qual tudo pode ser somado sem levar em conta o que é bom ou o que é ruim. Por exemplo, os acidentes de carro, o aumento do consumo de serviços médicos e as epidemias são fantásticos para o PIB. No GPI o método é outro. Soma-se tudo aquilo que tem impacto positivo para a sociedade e deixam-se de lado os aspectos negativos, como os custos de poluição e de degradação do solo. O GPI também soma exterioridades que não são consideradas pelo PIB, como o trabalho doméstico e o trabalho voluntário. O PIB é um índice machista, pois para ele a parcela de mulheres no mundo que trabalha em casa (80%) não é considerada. O trabalho de uma pessoa que caminha quilômetros a fim de buscar água para sua família também não é acatado. Ou seja, o PIB não reflete o desenvolvimento da sociedade. Se o PIB de São Paulo for examinado durante 20 anos, vamos perceber que grande parte do investimento é destinado a corrigir problemas gerais decorrentes do crescimento excessivo da cidade. Essa verba poderia ter sido aplicada em outro projeto de maior utilidade para a sociedade. O crescimento após determinado momento se torna antropofágico.
Instituto Ethos: O senhor costuma dizer que as empresas estão amarradas num modelo do século passado. Como seria a empresa ideal para o momento em que estamos?

MM-N: Eu fiquei muito impressionado com uma indústria brasileira que visitei num desses dias, que é a Natura. Tive a percepção de que lá tudo está concentrado nas pessoas. A água consumida é reciclada. O que a empresa produz não afeta a natureza. Ela consegue explorar os recursos do próprio país. Todos os aspectos são coerentes com os princípios sustentáveis e com uma economia humanizada. Para muitas outras empresas, o mais importante é o lucro. A custo de quê? De explorar o trabalhador e destruir a natureza. Para mim, a empresa deste momento é aquela que coloca a economia a serviço das pessoas, e não o contrário.
Agência Sebrae: O senhor comentou sobre uma grande empresa. Mas como os pequenos negócios podem se adequar a esses padrões sustentáveis?

MM-N: Sozinhos não podem fazer grandes mudanças. É preciso uma política de Estado que estimule as boas práticas. A grande empresa pode fazer muitas coisas sem a permissão de ninguém, mas o pequeno precisa ser visto dentro de um contexto global. Uma das condições fundamentais para se ter uma boa economia e uma sociedade sustentável é modificar drasticamente o sistema tributário. Defendo que os impostos devam ser tributados de acordo com a energia que a empresa consome e não com o que ela ganha. Por que querem castigar alguém por trabalhar? Esse castigo deveria ser para quem consome muita energia ou para quem tem muitos automóveis. Se isso fosse feito, todas as empresas iriam descobrir formas de consumir menos energia. Já com o sistema tributário corrente não há nenhum estímulo nesse sentido. As empresas procuram o contador apenas para descobrir o que podem fazer para pagar menos impostos. Se as empresas fossem tributadas a partir do que elas gastam com energia, haveria uma grande mudança no sistema de comércio atual, que eu considero absurdo em termos ambientais. Qual o sentido de o Brasil exportar e importar sabão ao mesmo tempo para um mesmo país? A região em que vivo, no Chile, é uma grande produtora de leite, e mesmo assim você encontra no mercado local manteiga fabricada na Nova Zelândia. É um absurdo a quantidade de CO2 gerado sem necessidade para trazer esse produto de tão longe. Acredito que os processos econômicos devam ser analisados a partir da perspectiva dos gastos energéticos. A globalização acontece porque gera crescimento para o PIB, mas é um agressão à biosfera.
Instituto Ethos: É por isso que o senhor é contra o Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca)?

MM-N: Não é só por isso. Os tratados de livre comércio não são livres. Os grandes sócios acabam tendo direitos com os quais os pequenos não são contemplados. Os Estados Unidos, por exemplo, não enfrentam problemas por subsidiar seus produtos agrícolas, enquanto os governos mexicano e chileno sofreriam retaliações se o fizessem. As conseqüências dessa forma de comércio são devastadoras. O milho no México, por exemplo, não é apenas um produto econômico. Esse grão faz parte da cultura mexicana, de seus mitos e de seus deuses. Mas, hoje, 40% do milho consumido no México é importado dos Estados Unidos, onde foi subsidiado. Muito desse milho é transgênico e já está contaminando as plantações nativas mexicanas, por meio da polinização. Isso é um tratado que se pode chamar de livre comércio?
Instituto Ethos: Para que a sustentabilidade seja vista como um bom negócio, é preciso alterar o modo de pensar da sociedade. Como conseguir essa mudança de paradigma?

MM-N: Isso se faz por meio de um grande contrato social entre empresários, governo e trabalhadores, os quais decidem aquilo que querem para o país. Isso aconteceu na Suécia. O país se preparou durante dez anos para uma mudança no sistema tributário. Embora pague o imposto mais alto do mundo, cada cidadão está garantido por toda a vida. E o salário do presidente de uma empresa é apenas cinco vezes maior do que o do faxineiro. No Chile, essa diferença é de pelo menos 200 vezes. O maior crime que o homem pode cometer na Suécia é ser machista e não pagar impostos. Esse é o grau de consciência deles.
FNQ: O controle populacional é um aspecto importante da sustentabilidade?

MM-N: Há um erro muito grande nesse pensamento, porque para a demografia toda pessoa é igual. E isso não é verdade. Não estou falando em relação a raça ou gênero. Eu me refiro ao peso de cada pessoa para a biosfera. Um bebê que nasce nos EUA equivale a 20 bebês nascidos em Serra Leoa. Os EUA têm um grande peso mesmo em relação a países mais populosos. Os 300 milhões de cidadãos americanos consomem três vezes mais do que a China, com seu 1,3 bilhão de habitantes, e nove vezes mais do que a Índia, que tem 1 bilhão.
Instituto Ethos: Qual é o papel das universidades nesse contexto, que exige mudanças de comportamento da sociedade?
MM-N: A universidade não está cumprindo o papel que deveria. Ela deixou de ser uma instituição orientadora, que fazia críticas à sociedade, para se converter numa máquina a serviço do mercado. A universidade é cúmplice de um mundo que ela não aprova. Considero um escândalo o modo como a economia vem sendo ensinada dentro das escolas e como ela é aplicada na prática. Estou profundamente decepcionado com o que aconteceu com essa disciplina. Como é possível educar um economista hoje com livros clássicos que não contêm palavras como ecossistema e natureza? Como é possível aceitar que a economia se considere um sistema fechado, sem nenhuma relação com outros sistemas? Um economista não pode ignorar o funcionamento do ecossistema. Se isso ocorre, a responsabilidade é da universidade. Para ensinar aos alunos temas relacionados ao meio ambiente, o professor precisa fazê-lo por fora, como subversivo.
FNQ: O senhor se considera um otimista ou um pessimista?

MM-N: O pessimista acredita que já não há mais nada a fazer, enquanto o otimista não faz nada porque acha que o mundo está ótimo. Eu me considero um pessimista ativo. Creio que as coisas não estão bem e que precisamos nos adaptar a isso da melhor forma possível. É preciso surgir neste século a filosofia da solidariedade. Estamos todos na mesma situação. Se não formos solidários, não estaremos preparados para as condições desse novo planeta. Não ser solidário é estúpido e um mau negócio.
Instituto Ethos: Na opinião do senhor, de que forma as mudanças climáticas afetarão os povos da América Latina?

MM-N: Calcula-se que pelo menos 2 milhões de pessoas terão grave carência de água, porque o aquecimento global vai afetar as neves eternas dos Andes e a grande maioria das cidades localizadas nessa região é abastecida por águas de degelo. Isso vai provocar uma migração sem precedentes. E para onde irão essas pessoas? Quem vai abrir as portas para tanta gente? Enfrentaremos um problema de solidariedade muito forte. Mas a tendência é que se levantem muros. É muito brutal que essa filosofia de cobiça e acumulação continue existindo.
Instituto Ethos: Por que o senhor costuma dizer que acredita mais nos empresários do que nos políticos?

MM-N: Há 30 anos eu fiz parte de um setor que acreditava que os empresários eram os maus da história e nós é que éramos os bons. Somente quando comecei a me abrir para o diálogo com as empresas é que percebi que estava completamente equivocado. Descobri que a grande maioria dos empresários quer dialogar e está sempre aberto a mudanças. Usando argumentos concretos, é possível convencê-los do melhor caminho a seguir. Já com os políticos é diferente. Eles estão sempre pensando no próximo ano e nos números que lhes interessam.
FNQ: E por que, mesmo sabendo disso, o senhor foi candidato à presidência do Chile, em 1993?
MM-N: A primeira coisa que eu disse quando me candidatei à presidência de meu país foi que eu não tinha nenhum interesse em assumir o cargo. Minha candidatura foi uma desculpa para colocar em pauta assuntos que não faziam parte das discussões políticas. Apenas quis ser o candidato dos temas ausentes.
Instituto Ethos: O senhor acredita que os governos na América Latina estejam incluindo a sustentabilidade em suas pautas?
MM-N: Acredito que poucos têm consciência do que está acontecendo. A Costa Rica, por exemplo, é um lugar que já despertou para o problema. O país tem muitas iniciativas que visam a sustentabilidade e melhor uso dos recursos ambientais. Mas ainda é muito pouco. Deveria haver muito mais. O Brasil é um caso extraordinário. Vocês têm uma responsabilidade histórica descomunal, porque são donos da maior biodiversidade do planeta. E o que estão fazendo? A Amazônia continua sendo destruída, porque a obsessão pelo crescimento econômico é muito maior.

Fonte: www.ethos.org.br - Notícias da Semana

domingo, 10 de outubro de 2010

http://vimeo.com/7186310

Rio sediará Fórum Global pela Sustentabilidade

O Rio de Janeiro vai sediar, em 2011, o Fórum Global pela Sustentabilidade, evento que se repetirá anualmente na cidade e que, em 2012, acontecerá meses antes da Rio+20, a Conferência Internacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que marcará os 20 anos da Rio92. Sexta-feira e na última quinta-feira, representantes de organizações internacionais, de empresas e da sociedade civil se reuniram para discutir detalhes da preparação do fórum e começar a definir os comitês responsáveis pela organização.
Objetivo é pressionar Rio+20 a firmar compromissos
Um dos objetivos do fórum é reunir anualmente líderes empresariais, sociais, ambientais, culturais, acadêmicos e governamentais de diversos países para dialogar, articular acordos e firmar compromissos voltados para o desenvolvimento sustentável. Segundo Oded Grajew, presidente do Instituto Ethos, uma das 13 instituições responsáveis pela organização do evento, uma das ideias é que o fórum funcione também como instrumento de pressão para a Rio+20:
- Há temor de que os governos não apresentem propostas práticas no encontro. O fórum vai ser realizado antes e voltado para a ação, para a apresentação de compromissos que devem ser cumpridos. Vamos dizer em 2011 tudo o que a gente espera que seja feito. Queremos que a sociedade contribua nas exigências - diz Grajew.
O encontro internacional que traçará as diretrizes para o fórum começou na quinta-feira no Palácio da Cidade, e foi aberto por Felipe Góes, secretário municipal de Desenvolvimento do Rio de Janeiro e presidente do Instituto Pereira Passos. O evento contou com a presença do prefeito Eduardo Paes e da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e terminou ontem. Entre as entidades organizadoras estão a Associação Comercial do Rio de Janeiro, a Fundação Roberto Marinho e o Rio Como Vamos.

Cientista propõe capturar energia do vento solar

A energia do vento e a energia solar são alternativas limpas e renováveis.
Mas junte as duas expressões e adicione uma pitada de tecnologia espacial e você terá a energia do vento solar - um super fonte energética, com potencial para gerar energia 100 bilhões de vezes mais do que a demanda mundial de energia atual.
O grande problema ainda é trazer essa energia para a Terra, que depende de concentrar um feixe de laser com a precisão suficiente.
Satélite Dyson-Harrop
O vento solar é uma espécie de plasma que sai constantemente do Sol em todas as direções. É esse vento solar que alimenta as auroras boreais, que governa todo o clima espacial em nosso Sistema Solar e que muitos projetistas querem aproveitar para impulsionar espaçonaves sem motores.
A ideia do pesquisador Brooks Harrop, um físico da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, é aproveitar o vento solar para gerar energia, por meio do já batizado satélite Dyson-Harrop.
O satélite-conceito possui um longo loop metálico apontado para o Sol. Esse fio é carregado para gerar um campo magnético cilíndrico suficiente para capturar os elétrons, que compõem metade da constituição do vento solar.
Esses elétrons são afunilados rumo a um receptor metálico esférico para produzir uma corrente. Essa corrente, por sua vez, gera o campo magnético do fio, tornando o sistema autossustentável.
O excesso de corrente, além do necessário para manter o campo magnético, alimenta um laser infravermelho apontado para antenas parabólicas instaladas no solo, projetadas para recolher a energia. Como o ar é transparente ao infravermelho, a atmosfera da Terra não consome nenhuma energia do feixe, que chega ao chão com potência total.
Energia do vento solar
Um satélite Dyson-Harrop relativamente pequeno, usando um fio de cobre de 1 centímetro de diâmetro e com 300 metros de comprimento, com um receptor de 2 metros de largura e uma vela solar de 10 metros de diâmetro, estável a meio caminho entre a Terra e o Sol, poderia gerar 1,7 megawatt de potência.
Amplie esse satélite, dotando-o com um fio de 1 quilômetro (km) de comprimento e uma vela solar de 8.400 km de largura, e teremos uma potência de 1 bilhão de bilhão de gigawatts (1027 watts) de potência.
"Isso é na verdade 200 bilhões de vezes a energia que a humanidade gasta atualmente," diz Harrop, que fez os cálculos juntamente com seu colega Dirk Schulze-Makuch.
Segundo Harrop, não existe nenhum empecilho para que um satélite assim seja construído, uma vez que toda a tecnologia embarcada nele já está disponível. Ele também calcula que seu satélite produzirá uma energia mais barata do que os painéis solares fotovoltaicos porque o cobre necessário para fazer o satélite é muito mais barato do que as células solares.
Energia do luar
Até aí tudo bem, mas há uma grande desvantagem. Para gerar uma quantidade significativa de energia, os satélites Dyson-Harrop precisam contar com o vento solar constante encontrado acima da eclíptica - o plano definido pela órbita da Terra em torno do Sol.
Isso significa dizer que o satélite estaria a dezenas de milhões de quilômetros da Terra. Ao percorrer essa distância, mesmo um feixe de raio laser extremamente preciso iria se espalhar tanto que cobriria uma área com milhares de quilômetros de largura quando atingisse a Terra.
Um feixe de laser carregando dois megawatts, espalhado por uma área tão grande não teria qualquer utilidade - sua energia em um ponto qualquer seria menor do que a luz do luar.
A solução para isso? Uma lente virtualmente perfeita medindo alguma coisa entre 10 e 100 quilômetros de diâmetro.
E para isso ainda não existe tecnologia e nem há qualquer estudo que demonstre que tal solução seja prática. Além disso, somente alguma nova ideia ainda não concebida para trazer a energia de volta para a Terra.

Energia para naves

John Mankins, especializado em energia solar espacial, afirma que podem haver outros problemas com o conceito de Harrop, e afirma que são necessários estudos para verificar se o anel de cobre aguentaria tanta energia sem fundir.

Mas ele afirma que a ideia é muito boa para alimentar naves espaciais, que poderiam usar versões muito menores do satélite Dyson-Harrop.

"Eu posso vislumbrar usos para essa ideia fora do plano da eclíptica, como na geração de energia para algo como a nave espacial Ulysses, em órbita em torno dos pólos do Sol," diz Mankins.


Fonte: The Solar Wind Power Satellite as an alternative to a traditional Dyson Sphere and its implications for remote detection