quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Mercado de eficiência energética deve retomar fôlego e crescer 35% em 2010

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) prevê que projetos de eficiência energética devem retomar o crescimento em 2010 com um aumento de 35% comparado com 2009.

A retomada de projetos paralizados pela crise financeira em 2009 impulsionará um mercado calculado em R$1 bilhão anuais em investimentos, segundo Maria Cecília Amaral, Diretora Executiva da Abesco.

O mercado de eficiência energética nacional cresceu 15% em 2009, atingindo um movimento de R$900 milhões, apesar da crise financeira, que o influenciou. No ano de 2008, o crescimento foi de 24% comparado com o ano anterior.

"Com a crise, muitas empresas colocaram em stand-by os projetos de eficiência energética que seriam realizados no começo de 2009, mas hoje a indústria está retomando o fôlego e acreditamos que, além de novos projetos, os que ficaram parados serão retomados", disse

Segundo técnicos da Abesco o valor de investimento, médio, dos projetos varia de R$ 60 mil, em projetos menores, e R$800 mil a R$ 1,5 milhão em projetos de grande porte.

"O momento é propício para a implementação de projetos, pois o potencial de ganho é muito alto", disse José Starosta, presidente da Abesco.

Segundo a entidade, o desperdício de energia elétrica no Brasil está estimado em cerca de R$17 bilhões por ano e que o potencial de redução media do consumo de energia é de 15% para a indústria, 27% na área comercial e 45% nos edifícios públicos.

A associação conta com 85 empresas afiliadas das quais 70 são empresas de conservação de energia (Escos), o restante é composto por fundações e entidades setoriais.

Para o presidente da entidade, os números falam por si e a crescente consciência ambiental e necessidade econômica devem transformar eficiência energética em obrigatórios.

"Os números são absurdos, só falta convencermos nossos clientes", disse.

Starosta deu como exemplo os Estados Unidos que vem investindo milhões em programas de eficiência energética, segundo ele, impulsionado pelo ex presidente americano e ganhador do prêmio Nobel da Paz Al Gore, que há anos alertou sobre os prejuízos financeiros da perda de energia elétrica no País.


Fonte: Revista Sustentabilidade

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