quarta-feira, 17 de março de 2010

Definição da matriz energética brasileira exige políticas públicas adequadas

O que falta para o Brasil definir sua matriz energética e consolidar a natureza limpa, renovável e diversificada das fontes utilizadas no país, são políticas públicas adequadas. A opinião é de um dos mais respeitados especialistas em energia do país, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Em texto publicado em seu blog no dia 17/02/2009, Pires defende políticas que criem impostos sobre emissões e mercados de direito de emitir, imponha cotas de energias renováveis na geração elétrica e premie os consumidores mais eficientes e que utilizem energias renováveis.

De acordo com Pires, a crise econômica atual dá a chance de pensar a questão energética no Brasil de modo mais estrutural, e não conjuntural, com tem sido a prática usual dos governos. “Ao invés de pensar numa política de investimentos voltada para o estabelecimento de uma matriz energética sustentável, o governo anuncia o PDE-2017 e a Petrobras, a construção de quatro refinarias e o Comperj no Rio de Janeiro. Essas medidas são o atraso do atraso”, escreve Pires em seu blog.

O Brasil conta hoje com uma das matrizes mais limpas do planeta, com 46% de sua energia finda de fontes renováveis. Para o presidente da UNICA, Marcos Jank, políticas que incentivem o crescimento da porcentagem dos renováveis, como etanol, biomassa de cana-de-açúcar, biodiesel, energia eólica e solar, podem reduzir ainda mais as emissões de gases de efeito estufa.

“O Brasil tem tudo para se posicionar como líder nas discussões globais e cada vez mais intensas em torno das mudanças climáticas, pois é neste país que está o projeto mais bem sucedido do mundo para produção e utilização em escala comercial de um biocombustível – o etanol. Nosso projeto é um dos melhores exemplos do mundo de como efetivamente reduzir emissões, então nada mais justo do que definirmos com clareza, em nossa matriz energética, que é assim que o país deseja prosseguir”, afirma Jank.

Segundo Adriano Pires, o estímulo à produção e uso de energia limpa no Brasil pode ainda aumentar a segurança energética do País, ajudar no meio ambiente e gerar empregos. “É preciso que saibamos aproveitar nossa grande vantagem comparativa como produtores de energia renovável. Temos sol, terra e água em abundância, por isso podemos ser os maiores produtores de biocombustíveis”.

Um comentário:

  1. o que é realmente uma matriz energética?
    o que faz? o que é?...

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